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Alimentação Panc, um resgate da memória afetiva.

  • Foto do escritor: La Orgânica
    La Orgânica
  • 19 de mai. de 2020
  • 2 min de leitura


Muitos de vocês já devem ter visto, os matinhos que crescem de maneira espontânea, nos quintais, nas calçadas, terrenos baldios e até mesmo em rachaduras de parede próximas as suas casas e que são comumente denominadas de ervas daninhas, e injustamente consideradas pragas.

O que talvez você não saiba, é que muitos desses matinhos, são na verdade alimentos super nutritivos , e que poderiam trazer uma diversidade imensa ao seu prato. É possível encontrarmos, caminhando por aí, beldroegas, carurus, dentes de leão, crepe do japão, entre outros.

As PANC, acrônimo usado para contemplar o termo Plantas Alimentícias Não Convencionais, que foi difundido pelos professores Valdely Knupp e Harri Lorenzi, com a publicação do livro: Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) no Brasil (2014), vem despertando cada vez mais, a curiosidade de quem está procurando uma alimentação mais saudável e natural. Contudo, o uso dessas plantas na culinária, nada tem de novo, elas na verdade são velhas conhecidas de nossos avós, que colhiam ervas, que não só eram utilizadas na cozinha, como também na medicina doméstica. A Culinária PANC não é a alimentação do futuro, como muitos pensam, é o Resgate de uma sabedoria do passado, empregada no presente.

É importante salientar, contudo, que nem todo mato é PANC, existem espécies tóxicas que podem causar sérios prejuízos a saúde, sendo algumas espécies fatais, dependendo da dose ingerida, por isso todo cuidado é pouco na hora de identificar.

Se você tem vontade de ingressar no Universo das PANC, deixo aqui 5 dicas valiosas:

1) A primeira de todas é apostar em fontes seguras de identificação. Estudar por literaturas consagradas na área, assistir a vídeos e ler artigos de pesquisadores, que dedicam seu tempo e conhecimento neste tipo de assunto, bem como participar de grupos on line, para troca de experiências, além é claro, das idas a campo para identificação prática;

2) Não se prenda a apenas uma parte da planta na hora de identificar, folhas e flores podem ser bem parecidas e facilmente confundidas. Avalie a planta por inteiro;

3) A higiene e integridade de um alimento deve ser garantida, seja ele convencional, ou não convencional. Avalie o local onde a planta cresceu, calçadas são verdadeiros berços PANC, mas também, um local vulnerável a todo tipo de poluentes e contaminantes, além, de ser visitado por animais, que podem veicular agentes patógenos.

4) Flores também fazem parte do acervo PANC, dálias, capuchinhas, cravinas, amores perfeitos, rosas, entre outras, deixam nossas saladas com cores e aromas especiais. Porém, é muito importante, consumir as flores cultivadas para este fim. Aquelas compradas em floriculturas receberam substâncias químicas para potencializar seu crescimento, produtividade e durabilidade, e podem fazer mal à nossa saúde;

5) Por fim, caso tenha dúvida, medo ou insegurança, na hora de comer uma possível PANC: NÃO COMA! Esse tipo de alimentação não pode abrir espaço para o incerto. É preciso ter responsabilidade e consciência para nos alimentarmos de maneira segura, e podermos assim, desfrutar ao máximo dos benefícios dessas plantinhas.

Comer Plantas é um retorno a nossa alimentação ancestral, as nossas origens. Promova essa revolução nutricional dentro de você.



Amanda Brasil – Geografa, Psicóloga, Gastróloga e especialista em Gastronomia PANC. Idealizadora da

página @panclandia no Instagram

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